'' Nada é permanente nesse mundo cruel,
nem mesmo os nossos problemas! ''

Charles Chaplin







terça-feira, 24 de maio de 2011

Transformação pelo fogo




Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosa. Só que elas não percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo.
O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego ou ficar pobre. Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão ou sofrimento, cujas causas ignoramos.
Há sempre o recurso do remédio: apagar o fogo! Sem fogo, o sofrimento diminui. Com isso, a possibilidade da grande transformação também.
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou: vai morrer. Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar um destino diferente para si. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada para ela. A pipoca não imagina aquilo do que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: BUM! E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente, algo que ela mesma nunca havia sonhado.
Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar. São como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura. No entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca, macia e nutritiva. Não vão dar alegria para ninguém.


Texto de Rubem Alves

terça-feira, 3 de maio de 2011

Se o sucesso não tivesse um custo, todo mundo seria um sucesso. Se as conquistas não tivessem um custo, todos nós seríamos conquistadores. Se a felicidade não exigisse dedicação, ela perderia o sentido.
Temos a tendência de pensar em grandes conquistas levando em conta apenas o resultado final. Mas, geralmente, isso é só uma gota. A conquista mesmo está no fazer, no esforço, na dedicação, no custo exigido.
Ter uma vida de sucesso não significa acumular troféus e prêmios, mas sim estar disposto a se comprometer com o custo que esse sucesso exige.
Ser um sucesso exige esforço, dedicação, disciplina, foco, paixão e muitas outras qualidades que não podem ser guardadas num armazém, mas que devem ser exercitadas em todos os momentos.
Estamos acostumados a olhar o sucesso dos outros e ficar perguntando porque tudo com a gente acontece diferente, mais qual de nos sinceramente sabe enxergar o esforço do outro? Qual de nós, está buscando com certeza o que quer, sem desistir ou desanimar no primeiro tropeção?
Gente por experiência própria, nos somos o grande peso que nos puxa pra baixo, todos passam dificuldades sim, dão duro sim! Todos tomam porrada da vida, tropeçam mil vezes no meio do caminho, mais quem disse que a vida é fácil??? Vai de cada um sentar e chorar, ou levantar e continuar...
A grama sempre é mais verde no jardim do outro, mais será que vc consegue enxergar que no jardim do vizinho também chove? E que é a chuva que faz a grama crescer, pq o sol é gostoso, é bom é maravilhoso, mais fica embaixo dele muito tempo pra você ver se ele não vai te sapecar!!!
Na nossa vida também é assim,ñinguém cresce com os acertos, porque quando o negocio é bom você sempre vai repetir, o que ensina é a dor, porque por mais que doa, vc não esquece a lição...
Põe o dedo na tomada e toma um choque pra ver se você vai colocar o dedo lá de novo rs,rs...

No preço que você paga está o valor que procura!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Vida morna

Gente achei esse texto, num blog super interessante e queria mostrar pra vcs!!! Vale a pena ...



"Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio nem paixão, as coisas definidas como mais ou menos, um filme mais ou menos, um livro mais ou menos. Tudo perda de tempo. Viver tem que ser perturbador (...) O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia." (Martha Medeiros)



Estive pensando hoje sobre o quanto a gente se permite amornar a vida. Quase conseguimos o emprego dos sonhos, faltaram dois pontos para passar naquele concurso, estivemos à beira de cometer uma loucura deliciosa por amor, perdemos três dos cinco quilos em excesso, compramos a casa que era quase igual a que desejávamos, saímos sempre cinco dos dez minutos necessários para não pegar fila no trânsito, demos um "quase perfeito" ao encontro romântico, enfim, aprendemos que quase nada sai como planejamos e nos conformamos com a pilha de frustrações que vamos acumulando nas quatro paredes que dividem conosco alegrias contidas e tristezas camufladas.
O que nos leva a amornar a vida? É tão mais fácil, não é? Ser mais ou menos simpático para evitar falácias, dar um meio sorriso a mostrar indignação, um abraço frouxo, indolente a ter que se justificar pela repulsa que sentimos ao calor do outro. Por que ser inflamado, tenso, exaltado se a serenidade e o equilíbrio são tão mais afáveis? O problema é que essa droga de vida “mais ou menos” aborrece. As pessoas mornas cansam. O amor tépido enjoa. Essa falta de tesão por tudo enfastia.
O ano termina e tudo continua simetricamente inalterado: os dias sem cor, os meses sem brilho, até a forma como damos bom-dia e boa-noite (é exatamente igual). Percebemos também que o sorriso espontâneo deu lugar ao gesto forçado que dói para se desenhar no rosto, mas a gente não se preocupa com isso, pois a pessoa ao nosso lado, por sua vez, nos devolve com a mesma gentileza o desprazer em dividir aquele que foi o lugar de promessas e prazeres.
Quem se deixa entrar nesse processo conhece bem os sintomas de quando as coisas já não têm mais o que amornar. A verdade é que somos permissivos, acabamos deixando de olhar onde estagnamos e passamos a ver somente os defeitos de quem está conosco e, como num mecanismo de autodefesa à própria incapacidade de reação, culpamos ainda mais o outro por nos encontrarmos impedidos de ir em busca de alguém que nos reacenda esse tesão pela vida e por todas as vicissitudes que ela apresenta. Ninguém quer viver sozinho, mas a solidão muitas vezes é maior quando, acompanhados, não nos enxergamos. E como pesa essa amarra que nos aprisiona o corpo e a mente, tornando-nos reféns da nossa própria sorte.
O fato é que nos calamos, chegando ao ponto de não termos mais o que falar; não existe linguagem que esclareça o que está indecifrável. Falta sensibilidade para perceber que nem tudo pode ser resolvido com uma ou duas conversas amistosas, talvez, nessa hora, seja o caso de apagar a luz e sussurrar uma ou duas palavras desconexas no ouvido, apenas para traduzir ou testar o que se sente e deixar aos gestos (que falam a linguagem do prazer) as possíveis respostas para acabar com a mornidão presente.
Mas, contrapondo a minha própria fala, eu não resistiria em levantar a seguinte possibilidade: - E se não estivermos esperando por respostas? E se o desejo interior, ainda que inconsciente, seja sair do tom pastel buscando o desconhecido? Mesmo que isso represente algo misterioso, disforme, obscuro, doloroso, cheio de incoerência e sem garantia de retorno à tepidez. Pode, sim, valer a pena.
Sabe-se lá de que maneira, de repente, a gente sente uma irritação por dentro, bradando por mudança. Talvez seja o caso de desequilibrar a balança e pender para o lado que parece mais atraente, que justifica o dormir e acordar com direito a abrir a janela e observar a paisagem sob outro enfoque, ou quem sabe nem abri-la, dando ao impulso a oportunidade de sair de casa e contemplar a paisagem livremente, com o vento remexendo os cabelos e a chuva fina batendo no rosto a descobrir uma nova face, sem a máscara da embriaguez passiva que nos põe cegos e surdos para os ecos inquietantes e multicoloridos da alma.
Ando mesmo com a garganta seca e as mãos suando frio na expectativa de que algo aconteça, seja um sorriso espontâneo ou uma lágrima pronta para se formar no canto esquerdo do meu olho. Eu preciso de febre, inquietação, de gosto de morango na boca, de uma ou duas aspirações que me puxem para a frente e me permitam olhar para dentro, percebendo até onde posso e quero ir.
Estou exausta de insipidez, falta, ausência, privação, carência. Não há mais tempo para esperar o entorno da estação. Sinto que é iminente me libertar das palavras vazias e da falta do calor que inflama, inebria, deixa o corpo suado de vida, de vontade de aquecer ao sol as cores neutras até enrubescerem. E nesse desespero resignado, adormecido, acabrunhado, que anda em círculos pela sala, eu possa me valer da coragem que anda escondida para, deliberadamente, escancaradamente, olhar-me no espelho e perceber que estou viva.


 (Texto encontrado em : Afrodite para maiores)

Pense nisso...




Conta a lenda que, à beira da morte, Alexandre (O Grande) convocou todos os seus generais e relatou seus três últimos desejos:






1º- Que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época;






2º- Que fosse espalhado no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistados (prata, ouro, pedras preciosas…);






3º- Que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.






Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou a Alexandre quais as razões. Alexandre explicou:






1º- Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles NÃO têm poder de cura perante a morte;






2º- Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;






3º- Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos.






Pense nisso…






E que você continue buscando realizar seus sonhos, mas que se lembre de viver intensamente e de usufruir de seus sentimentos e emoções, pois embora as coisas materiais sejam importantes para nós, elas ficam. Já os sentimentos e as emoções nascem conosco e nos acompanharão nas vidas futuras. Esta é a nossa verdadeira propriedade: o que trouxemos quando aqui chegamos e o que levaremos quando daqui partirmos.